segunda-feira, 7 de maio de 2007

Segunda Feira, 7/6/07

Porquê é que no genérico dos “Morangos” cantam que vão “massajar para a frente”?

Tânia tenta convencer o irmão de que o Gonçalo a tinha ido visitar para “buscar apontamentos”. Este tenta coordenar essa informação com o facto de ela e o Gonçalo andarem em anos diferentes.

Rui e Adriana visitam uma pequena vila, deliciando-se com a possibilidade de visitar o “jardim do castelo”. É claramente o episódio #378578 na série “tentativas de pedagogia mal ensaiadas nos Morangos”.

Marina consome uns Golden Grahams colocados de modo bem central – dois pontos de product placement para este episódio. Discute com Zé Maria o ar entristecido que Paulo tem tido, mercê da suposta fraca saúde da sua mãe. É claro que na verdade é tudo uma fronte para que Paulo possa continuar a praticar os seus actos de sadismo impune. O mais recente capítulo nesta saga? Paulo recorreu ao truque maquiavélico de “prometer de enviar um fax a pedir carne, cagar para isso e depois dizer que se esqueceu”. Uma mente verdadeiramente diabólica!

Depois dum curto plano dum imac (mais um ponto de product placement!), passamos à casa Salgueiro, onde Filipa aceita uma chamada duma revista de moda que pretende dar exposição à sua roupa. Eufórica, corre logo a contar a novidade a Rita e Filipa, que entretanto se materializaram do nada para a sua sala de estar. Mas o perfil severo de Júlio no pano de fundo da felicidade de Filipa já deixa anteceder um certo conflito – e deveras, o pai de família mostra-se contra a ideia. “Tu não percebes nada!” grita Filipa com o dote diplomático do costume.

No Bar Azul, André e Leonor andam aos beijos, enquanto Rute lê um livro sobre “como ser famoso”. Será esta obra mítica dos KLF? Rodrigo inicia Sofia na obscura arte de “gravar CDs”. Durante o seu passeio pela floresta, Rui nota que o seu pai sempre disse que “o ar livre faz bem aos pulmões”. Está assim concretizado o MORANGOS FUN FACT OF THE DAY:



No Bar Azul, Natasha sai transtornada com Duarte ao ver Sam falar com Becas; este também não chega a lado nenhum. Leonor, vindo mais ou menos do nada, recusa as afeições de André; Sílvia continua fula com Rita e Lourenço. É TÃO COMPLICADO O AMOR ;_;

Num claro tributo ao mais famoso episódio de sempre dos ”Sopranos”, Rui e Adriana perdem-se na floresta. De volta ao Bar Azul, André e Lourenço partilham suas mágoas – “cada miúda tem o seu próprio ritmo” diz Lourenço, em tom de Yoda. Sofia hesita, ciente de que, após a primeira vez que se usa o RecordNow, não há como voltar atrás; no entanto, acaba por alinhar. Pouco depois, é visitada por dois roadies dos Xutos & Pontapés que afirmam ser polícias à paisana. Na floresta, Rui sugere um pacto de suicídio. Becas bebe um Sumol – a pontuação de product placement deste episódio quebra todos os recordes! Zé Maria e Marina presenteiam Paulo com uma boa feijoada à Transmontana. Quando inquirido acerca do estado da mãe, este diz que “nem os médicos sabem o que ela tem”. Porquê é que ninguém neste programa sabe inventar mentiras decentes? Este pessoal nunca faltou às aulas?

A noite cai, e Rui e Adriana continuam perdidos pela floresta. Finalmente, avistam um bando de pessoas vestidas em trajes estranhos, com flores no cabelo (já dizia Scott McKenzie!) e uma flautista que não se cansa de tocar o “Greensleeves”.

WHAT THE FUCK!

“Que é isto?” pergunta Rui; “parece uma comunidade”, responde imbecilmente Adriana. Tentativa de aproximação à cultura wicca? Ideia pessoal dum guionista ex-hippie em crise de meia-idade? Cash-in do ”Lord Of The Rings”, meia década tarde demais? Oh “Morangos”, tu confundes tanto!

Rodrigo pergunta a Sofia se esta se sente cansada – não é para menos, depois de árduas horas a copiar discos e a ver vídeos engraçados no Youtube. Com o trabalho feito, Rodrigo dirige-se ao Bar Azul, onde tenta encontrar Gonçalo, mas sem êxito. Júlio comenta que “as boas raparigas não trabalham no turno da noite” (e todos sabemos o que isso significa, ho ho ho ho); ele e a esposa discutem se é viável ele continuar a trabalhar tanto.

Na floresta, a líder dos hippie-elfos diz “hello” a Rui e Adriana. Adriana, que como a maioria dos jovens portugueses não tem a mínima noção dos vocábulos mais elementares da língua inglesa, babeja por aí em português. A elfa, claramente pedrada, sorri e fornece bebidas ao casal. Assistem a uma cerimónia nocturna, onde as pessoas começam a sair aos pares; finalmente, Rui e Adriana são desafiados a participar. Equivalente português do ”Wicker Man”???

No dia seguinte, os dois jovens acordam sozinhos, com tatuagens de anéis nos dedos de aliança. Claramente o clã elfíco com que conviveram está um tanto corrompido pelo catolicismo. Zé Maria e Marina ponderam o que vão fazer sem comida para dar aos estudantes do colégio. Augusto Ravina refere a Vitória como sendo “um demónio, lobo com pele de cordeiro” - dude, she’s right there! Em contrapartida, Vitória encarrega Ravina de estabelecer o itinerário das auxiliares de limpeza.

(Para quem quiser saber mais sobre este episódio dos Morangos, ou sobre a problemática do parentesco em geral, aconselha-se o visionamento desta animação feita por Peter Bagge sobre Murray Wilson, o pai dos Beach Boys.)

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